Gratuidade...

Tinhamos ido, como é habitual ao Sábado pela manhã, aos Pueblos Unidos.

[Para quem não conhece os Pueblos Unidos são uma associação de apoio a famílias imigrantes. Uma das suas acções passa por dar Cursos de Formação, nomedamente em cozinha, gereatria e cabeleireiro. É aqui que entramos nós. O nosso “trabalho” é ira até lá durante o intervalo destas actividades. O que fazemos? Nada de especial. Tomar um café, comer umas bolachas e sobretudo conversar... estar. Sem mais. Às vezes ficamos para além do intervalo e aproveitamos para ser modelos para “corte de cabelo” e para conversar mais um pouco... ]

No último Sábado o Miguel e eu regressávamos a casa. E o Miguel dizia:
- Gosto mesmo deste apostolado. É totalmente gratuito. Não estamos lá para fazer nada, pa ra orientar...

Vim para casa a pensar naquilo. É mesmo preciso aprender a gratuidade. Estar com as pessoas sem que tenhamos que propor alguma coisa. É mesmo importante experimentar que a nossa vocação precisa de se libertar de toda a tentação do funcional...
Precisamos de curar toda a sede de actividade e aprender, em relações próximas e simples, a estar com os outros de igual para igual.